quarta-feira, 14 de setembro de 2011

DALTON DI FRANCO, 33 ANOS ATUANDO NA IMPRENSA DE RONDÔNIA

Neste dia 13 de setembro, Dalton Di Franco completa 33 anos de atividades na imprensa rondoniense. Tudo começou quando ele foi apresentado, em 1978, ao então diretor da extinta rádio Eldorado do Brasil, o baiano Ivan Gonzaga. A rádio pertencia ao empresário e ex-senador Mário Calixto Filho. Desde então Dalton não parou mais. Ousado, corajoso e versátil, ele tem atuado no rádio, televisão e jornal impresso.
Bacharel em Administração com especialização em Marketing, pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior, consultor de comunicação e marketing, professor universitário, Dalton Di Franco construiu sua carreira de sucesso na comunicação no Estado de Rondônia por seu trabalho combativo, contundente, polêmico, mas acima de tudo profissional. Com esse cacife ele conseguiu se eleger para dois cargos políticos em Rondônia: vereador, em 1988, por Porto Velho (o segundo vereador mais votado da Câmara Municipal), e deputado estadual, em 1990, sendo o sexto deputado mais votado da Assembléia Legislativa. Mas ele não parou no tempo. Agora está cursando Direito, na ULBRA.

ELE VEIO DO INTERIOR

Dalton nasceu no Seringal Recreio, na antiga Vila de Ariquemes (hoje importante município de Rondônia), no dia 2 de dezembro de 1960. Ele começou a trabalhar na imprensa aos 10 anos de idade.
Antes de morar na Capital, os pais de Dalton ficaram um bom tempo morando e trabalhando na Mineração Jacundá, na área do hoje município de Itapuã do Oeste, a 106 km de Porto Velho. Ali Dalton viveu sua infância, sonhando um dia vencer na vida para ajudar o pai, seu Rômulo, que era torneiro-mecânico, e a mãe, dona Nazaré, uma dona de casa.
Certo dia seu Rômulo, um matogrossense de Corumbá de opinião, desentendeu-se com o chefe da oficina e pediu as contas. A direção da empresa ainda tentou impedir sua saída, mas ele já havia dado a palavra. "Palavra de homem é uma só", costumava afirmar. Com isso a família transferiu-se para Porto Velho, morando numa área onde hoje está instalado o Colégio Rio Branco, no bairro Nossa Senhora das Graças. Foi nessa época que Dalton Di Franco fez bico vendendo banana na rua, lavando carro e engraxando sapatos nas praças Jonathas Pedrosa e Marechal Rondon, no centro da Capital. Ele ainda vendeu saco (que ele mesmo confeccionava) no mercado municipal e empurrou a cadeira-de-roda de um deficiente físico para ganhar um dinheirinho. O deficiente morava na rua Salgado Filho, entre as ruas Carlos Gomes e Duque de Caxias. Experto, Dalton ficava na frente de escolas como Murilo Braga e John Kennedy Dalton vendendo picolé sempre no horário do meio-dia. "Eu faturava especialmente nos dias de sol forte", recorda.
Mas ele não encontrou só flores no caminho. Certa ocasião um rapaz que morava na frente da escola John Kennedy chupou vários picolés, não pagou a conta, quebrou a caixa de isopor de Dalton e ainda lhe bateu no rosto com um soco violento. "Aquele episódio marcou minha vida", diz ele que voltou para casa sem nada e chorando. É um fato que o mais famoso profissional de comunicação de Rondônia não esquece. O tapa serviu-lhe de lição: perdoar o ofensor.
Alguns anos depois, já famoso, Dalton Di Franco reencontrou-se com agressor. Ele estava embriagado e todo maltrapilho. “Olhei para ele e reconheci que estava em situação bem melhor e que não valia apenas dar o troco. Dei-lhe o perdão embora aquele homem não soubesse que o simples picolezeiro que ele havia fez mal era eu”, recorda. Pouco depois quando estudava na Escola Carlos Costa, Dalton conseguiu um emprego. Era para varrer a redação do extinto O Combate, do falecido jornalista Inácio Mendes, cuja redação funcionava na rua Duque de Caxias, próximo à igreja de São Cristóvão. Ele topou o serviço. Seu salário eram dez jornais por semana. "Quando eu conseguia vender os dez exemplares era uma maravilha", recorda. No ano de 1972, Dalton conseguiu o seu primeiro emprego de carteira assinada, com salário fixo, no Posto de Molas Paraibana. Seu cargo: oficce-boy. Ele recorda que o dono, o empresário José Gonçalves, não o tinha apenas como empregado, mas como um filho. "Em um ano de trabalho, fui promovido a auxiliar de escritório e depois a caixa", relembra citando o nome de seu colega Daniel Nascimento, hoje pastor da Igreja Assembléia de Deus, que na época era o maior incentivador de sua carreira. “Ele me ensinou a escrever na máquina de datilografia”, brinca.

RÁDIO

No ano de 1978, Dalton ingressou com afinco na imprensa. Ele foi apresentado a Ivan Gonzaga pelo radialista Zinaldo Fernandes. Na época Zinaldo lecionava no Colégio Rio Branco e Dalton era seu aluno. Hoje Zinaldo é inspetor aposentado da Polícia Rodoviária Federal. "A rádio Eldorado estava funcionando em fase experimental e o Zinaldo era locutor-noticiarista", recorda Dalton. "Eu tinha vontade de trabalhar em rádio e perguntei a ele o que era necessário para ser radialista. Zinaldo respondeu-me que era preciso apenas boa leitura". Depois de ser apresentado a Ivan, Dalton recorda que levou um chá-de-cadeira de várias semanas. "O Ivan só faltava pisar no meu pé, mas fazia que não me via sentado na ante-sala de seu gabinete, na rádio". Certo dia ele o atacou de surpresa. "Vá a delegacia e faça uma reportagem por telefone", ordenou Ivan. O prédio do 1º DP, no Cai-N´água, foi a delegacia escolhida. Depois de conversar com o comissário de nome Raimundo - até convencê-lo de que era “repórter” - Dalton ligou para a rádio e fez a reportagem. "Eu tremia mais do que vara verde no meio do temporal", diz recordando a experiência com o microfone. Aprovado com restrição – tem que melhorar, e muito, segundo Ivan Gonzaga - Dalton começou a trabalhar na rádio. Inicialmente como repórter de pista nas transmissões esportivas. Na época, usava o nome artístico de Rômulo Araújo. Ele atuava ao lado de profissionais como Bosco Gouveia, Ivan Gonzaga, Carlos Terceiro, Nonato Neves, Herculano Brito, entre outros. Além da área esportiva, Dalton fazia reportagens de polícia para o Grande Jornal Eldorado, apresentado por Waldemar Camata, recém-chegado do Paraná, e Silva Queiroz. Camata usava na época o nome artístico de Ingo Salvatorre.
DOENÇA

Por volta de 1979, Dalton estava super-atarefado. Ele tinha que se desdobrar em três para dar conta do recado: estudo, do trabalho na rádio e das funções de sub-gerente de crédito e cobrança de uma loja de móveis, a Servilar, na Carlos Gomes, onde hoje está estabelecida uma das filiais das Americanas. Com tantas ocupações e sem tempo para descansar, Dalton sofreu um derrame. Ficou seis dias em coma no extinto Hospital Orlando Marques, que funcionava numa área que fica em frente à hoje Policlínica da PM. Transferido de avião para Manaus, ficou mais onze dias inconsciente, no Hospital Beneficência Portuguesa. Dalton recorda que todo o tratamento foi custeado pela empresa de móveis, que tinha como diretor administrativo o petista Odair Cordeiro, hoje chefe de gabinete da Prefeitura de Porto Velho. "Eu considero muito o Odair. Ele fez muito por mim e por meus pais", afirma. É dessa época o episódio que Dalton não viu, por estar em coma, mas que ele soube por relato de terceiros, e não esquece. "Eu estava dentro da ambulância que me levava para o aeroporto. Na esquina da rua Campos Sales com a avenida Carlos Gomes, um táxi bateu a ambulância. Só eu, minha mãe e meu acompanhante, o colega Paulo Vieira, escapamos. O motorista e os enfermeiros voltaram para o hospital, ensangüentados, alguns com ferimentos graves". Seguindo para o aeroporto na carroceria de uma caminhonete, Dalton foi embarcado no avião. No mesmo vôo havia um soldado do Exército, com o mesmo problema, porém menos grave que Dalton. Na chegada à Beneficência Portuguesa, o militar morreu. Dalton sobreviveu. Depois de um mês de tratamento em Manaus, Dalton recebeu alta. "Os médicos recomendaram aos meus país, por telefone, que tivessem cuidado comigo, pois eu não sobreviveria ao próximo ataque da doença”. Era a morte anunciada.

SONHO

Certa noite, ainda no hospital, Dalton teve um sonho. "Eu me via em um local alto e rodeado de muitas pessoas quando de repente uma voz vinda do céu falou comigo: Eu tirei e ti devolvi a vida. Agora tu serás minha testemunha de que eu tenho poder". Essa voz, segundo Dalton, era de Deus mesmo. Poucos dias depois ele recebeu alta. Funcionários do hospital que presenciaram sua chegada ficaram abismados com sua melhora. "Estar saindo do hospital com vida era mesmo um milagre de Deus", comemora hoje Dalton. Voltando a Porto Velho, Dalton ficou recebendo pelo INAMPS, hoje INSS, por vários meses. "Por causa disso, meus inimigos políticos chegaram a divulgar que era aposentado como doído. "Eu cheguei a procurar o órgão previdenciário quando vi, reservadamente, vários ofícios solicitando informações sobre a tal aposentadoria. Para resguardar meu nome, pedi uma certidão que atesta que jamais fui aposentado, apesar de hoje já ter esse direito, mas por tempo de serviço (tenho 38 anos de carteira assinada), uma vez que comecei a trabalhar quando ainda era adolescente".

MUDANÇA

Na volta de Manaus, Dalton ficou desgostoso com o diretor da rádio Eldorado, de nome Paulo Martins, que não lhe deu nenhuma assistência durante a doença. "Meu pai até esteve no escritório da rádio quando presenciou uma conversa de Paulo Martins com a secretária Regina: Esse cara ainda não morreu, disse ele, para em seguida recusar um vale que era para comprar meus remédios. Meu pai então levantou e saiu. Por causa disso, Dalton pediu demissão da Eldorado.

Informado, o dono da empresa, Mário Calixto, ainda insistiu para que permanecesse afastado o que tempo que fosse necessário, mas Dalton preferiu sair sem contar o motivo, só revelado agora. Por coincidência do destino, Dalton voltou a se encontrar com Ivan Gonzaga, anos depois. Naquela época, Gonzaga dirigia a rádio Caiari. "Eu não aguento mais ficar em casa sem fazer nada. Quero trabalhar", implorou a Ivan. Foi a partir de então que passou de Rômulo Araújo para Dalton Di Franco. "O Ivan disse que me daria o emprego, mas que teria de usar um nome artístico. Ele não queria ter problemas pelo fato de eu estar recebendo pelo INAMPS”.

NOMES

Depois de escolher três nomes - Paulo Ronaldo, Ricardo Franco e Dalton Di Franco - passou a fazer uma rigorosa pesquisa e acabou descobrindo que o primeiro nome era de um radialista em Belém e que Ricardo Franco era um dos desbravadores de Rondônia e que hoje é denominação de uma localidade no Estado.
Por eliminação, ficou com o pseudônimo de Dalton Di Franco, hoje incorporado à sua identidade. “Meu nome parece o de D. Pedro, longo demais: Enéas Rômulo Dalton Di Franco de Araújo. Meu pai, se tivesse vivo, teria estranhado eu ter mudado o nome que ele me deu”, brinca.

ESTADO

Com a nomeação do coronel Jorge Teixeira de Oliveira para governar o Território Federal de Rondônia, as coisas começaram a mudar em Porto Velho. A rádio Caiari, por exemplo, foi arrendada por um grupo de Manaus. A primeira providência da nova direção foi despedir os funcionários antigos. "Eu era o único que não tinha carteira assinada e fiquei com o coração prestes a sair pela boca, já que era candidato natural a ficar desempregado", relembra. "Milagrosamente fui o único que permaneci. Era outro milagre de Deus, depois de sobreviver ao derrame e ao acidente". O diretor da rádio naquela ocasião era João Dario, conforme testemunha José Lacerda, que chegou a secretário de Estado e hoje é diretor do jornal O ESTADÃO. O saudoso Luiz Rivóiro sucedeu João Dario na direção da rádio Caiari. Ele gostou daquele rapaz franzino, como Dalton era naquela época. "Ele me perguntou o que eu gostaria de fazer dentro da nova programação da rádio. Não perdi tempo. Pedi um horário para fazer um programa policial". Rivóiro aceitou o pedido e autorizou Dalton a elaborar o piloto do programa. "Piloto? Eu nem sabia o que era isso. Para mim era o profissional que pilotava avião. Apesar de acanhado, perguntei aos meus colegas o que era piloto. Um respondeu que era como se fosse o programa número, aquele que é feito para apresentaçao. Hoje os especialistas em comunicação chamam de Demo (demonstração)". Ali, em 1981, nascia um dos programas de maior audiência de Rondônia: O Crime Não Compensa, precursor dos programas policiais no Estado. O programa, como Dalton Di Franco recorda, abordava os fatos policiais de uma maneira que ninguém em Rondônia havia feito antes. Ele usava falsete de voz, parecendo um pato rouco. "Entrei na onda de sucesso dos radialistas contratados em São Paulo como Júlio Júnior, Volney Alonso, Vanderley Mariano, Oneide Aparecida e o próprio Luiz Rivóiro". "Na primeira vez que usei falsete de voz, o sonoplasta de meu programa criou o maior caso comigo. Chamou-me de doído, parou a produção e ficou discutindo aos berros. Chamei o Rivóiro. Ele ouviu a gravação, gostou e ordenou que a produção prosseguisse. "Isso vai ser o maior sucesso", disse eufórico. De fato, aquilo era inédito em Rondônia. O próprio Luiz Rivóiro gravou as vinhetas do programa, com seu vozeirão. "Agora pela rádio Caiari, alerta geral...rádio ligados", era assim que o programa começava. Além do programa O Crime Não Compensa, apresentado de segunda a sexta-feira, às 13h30, Dalton fazia reportagens policiais para o Jornal de Integração, transmitido para todo o Estado, às 7h da manhã, em cadeia com outras emissoras.

ADOTADO

Dalton afirma que foi um filho adotado por Rivóiro. "Ele sempre segurava as brigas que eu arranjava com o programa". Também era seu maior incentivador profissional. "A gente passava horas conversando. Ele me dava broncas e muitas dicas. Entre outras coisas, aconselhava-me para que melhorasse a cada dia pois tinha um potencial muito grande". Em 1984, já conhecido como profissional de comunicação, Dalton Di Franco recebeu o convite para retornar à rádio Eldorado. Lourival Neves, já falecido, um radialista que tinha vindo do Paraná para dirigir a emissora de Mário Calixto, o chamou com uma proposta tentadora: um salário que era três vezes maior ao que Dalton recebia na Caiari. "Como um bom filho fui falar com o Rivóiro. Ele me disse que não tinha como cobrir a proposta e consentiu com a minha saída, prometendo um dia me buscar. Dia 2 de abril de 1984 Dalton voltou aos microfones da rádio Eldorado, não mais como Rômulo Araújo, mas como Dalton Di Franco, um sucesso de público e de comerciais. Inicialmente o programa ia ao ar com um hora de duração, a partir das 13h. Com o passar do tempo, Dalton assumiu o horário das 12 às 14h. Para dar conta do serviço, montou uma grande equipe de repórteres e aperfeiçoou a estrutura do programa. Era preciso conteúdo para liderar a audiência. O programa, cujo slogan era "A Voz do Povo contra o Crime", abordava tudo: notícias policiais, informações sobre hospitais, estradas, pronto socorro, banco de sangue, aeroporto e, naturalmente, as queixas e as reclamações do povo. "Eu não ficava só nos casos de Polícia. Atacava também os problemas cruciais que afligiam a sociedade", recorda Dalton. Ele fazia campanhas beneficentes para ajudar os necessitados.
Durante oito anos, Dalton realizou o Natal das Crianças, no Orfanato Belisário Pena, e a festa do Dia das Mães, na Comunidade Jaime Aben-Athar.
Investigativo, Dalton ajudou a Polícia a esclarecer diversos crimes, alguns deles de repercussão, sendo apontado pela sociedade como um profissional de credibilidade.

EQUIPE

A equipe de repórteres do Programa Dalton Di Franco era numerosa. Era formada por Águia Azul (hoje conhecido advogado), Ataíde Santos, Carlos Terceiro, Jota Cabral (pseudonimo do hoje juiz de Direito no Acre Cloves Augusto), Nonato Cruz, Chico Lins, Áureo Ribeiro, Edvaldo Souza, Sônia de Paula, Égino Gomes, Roberto Souza, Jorge Santos, Augusto José e Ildefonso Valentin Rodrigues (o homem do caminhoneiro Adamastor), entre outros. O programa contava ainda com a assistência jurídica de advogados de renome como Gilberto Cavalcante, Marcos Soares (falecido em dezembro de 2007) e Lindolfo Santana Júnior, hoje atuando em Guapiaçu (SP). Dalton ficou no ar com o programa até 22 de Dezembro de 1994. Ele diz que só deixou os microfones da rádio Eldorado porque a emissora foi vendida para a igreja Assembléia de Deus. "Como a proposta dos pastores era fazer uma programação eminentemente evangélica, eu e outros colegas fomos colocados em disponibilidade. Até pouco tempo eu era registrado como empregado da Eldorado". Com muito talento, persistência e dedicação, Dalton Di Franco tornou-se um fenômeno de audiência no rádio rondoniense. Até agora nenhum radialista no Estado conseguiu superar sua marca. Ele ficou 15 anos ininterruptos no ar com o programa. Além disso, é o primeiro repórter policial do rádio em Rondônia. Depois dele vieram os outros.

POLÍTICA

Em 1986, Dalton já era tido como um forte candidato a deputado estadual, prefeito e vereador, conforme as pesquisas eleitorais, mas preferiu ficar de fora do pleito. Apoiou o advogado e jornalista Maurício Calixto.
Em 1988, atendendo a apelos de seus ouvintes, Dalton Di Franco decidiu disputar uma cadeira da Câmara Municipal de Porto Velho. Foi eleito pelo extinto PMB, Partido Municipalista Brasileiro, com 1.043 votos, a segunda maior votação da Capital.
Em 1990, Dalton saiu candidato a deputado estadual, pelo PTB de Olavo Pires. Foi o quarto deputado mais votado – o triplo da votação de vereador - do partido e o sexto deputado do Estado. Foi por causa da política que Dalton Di Franco deixou de ser pseudônimo. Em 1991, o advogado Lindolfo Santana Júnior pediu a averbação do nome à Justiça. Autorizada pelo juiz Gabriel Marques, a identidade do jornalista passou a ser Enéas Rômulo Dalton Di Franco de Araújo. "Um nome e tanto", brinca o dono.

JORNAL

Na imprensa escrita, Dalton começou a escrever na extinta A Tribuna, também 1978. Ele recorda que levava as informações para o jornalista Jorcenês Martinez fazer a redação. “Eu era um foca (aprendiz). A Tribuna naquela época tinha em seus quadros jornalistas como Lúcio Albuquerque, Montezuma Cruz, Paulo Caldas, entre outros. Depois Dalton transferiu-se para o extinto O Guaporé. Ali, foi um dos muitos jornalistas que o "Homem do Chapéu" (Múcio Athayde) não pagou o salário. "Levamos uma chapéu dele", ironiza. Ainda pelas mãos de Luiz Rivóiro, Dalton foi levado de volta à A Tribuna que tinha outros profissionais de nome: Luiz Roberto, Cleuber Pereira, Sérgio Valente e muitos outros.
Depois, Dalton foi contratado pelo Alto Madeira, onde trabalhou com Paulo Correa, Ciro Pinheiro e outros. Ele trabalhou ainda no jornal O Estadão de Rondônia, retornando à Tribuna, ficando até seu fechamento, em 1988. Eleito vereador em 1988 e deputado estadual, em 1990, Dalton ficou afastado da redação de jornal. Voltou no dia 1º de março de 1995, contratado como editor de polícia do Alto Madeira. Paralelamente, foi correspondente da rádio Alvorada, de Ji-Paraná, e do programa Chamada Geral, do radialista Ricardo Vilhegas, de Guajará-Mirim. Em 1998, Dalton transferiu-se para O Estadão do Norte, a convite do empresário Mário Calixto. Nesse período assumiu como assessor de imprensa da extinta Superintendência de Justiça Defesa e Cidadania (SUJUDECI), no governo Waldir Raupp, e depois como assessor de comunicação social da Secretaria da Segurança, na época de Valderedo Paiva. Deslocado para a Polícia Civil, ficou no cargo todo o mandato do governador José de Abreu Bianco. Voltou a assessorar a Secretaria da Segurança, Defesa e Cidadania, a 1º de janeiro de 2003, quando o deputado Paulo Moraes assumiu a pasta, no governo Ivo Cassol. Dalton ficou no cargo durante o primeiro mandado, mas ao final da eleição em 2006, por questões políticas, foi exonerado. Por justiça foi reconduzido em 2008, a pedido do secretário Evilásio Sena. Além da Secretaria da Segurança, Dalton foi assessor de comunicação social da Uniron, Faculdade Interamericana de Porto Velho, durante três anos, e fez free-lancer para diversos órgãos de imprensa do Estado e do Brasil. Uma de suas reportagens, assinada em conjunto com Ildefonso Valetin Rodrigues, para a revista Momento, foi inscrita no Prêmio Esso de Jornalismo, concorrendo com nomes de peso do jornalismo brasileiro. No dia 4 de outubro de 2005, Dalton deixou O ESTADÃO DO NORTE e ingressou no DIÁRIO DA AMAZÔNIA como editor de Polícia a convite da família Gurgaz.

TELEVISÃO

Dalton iniciou suas atividades na televisão na extinta TV Nacional, em 1984. Naquela ocasião ele foi apresentado ao diretor da emissora, o publicitário Toca, pelo radialista e jornalista Sérgio Melo. O Programa O Crime não Compensa ia ao ar diariamente às 18h30, ao vivo, pela TV Nacional, que funcionava no canal 6. O programa foi um sucesso durante quatro meses. Com a saída de Toca e a entrada de novo diretor, Dalton diz que foi "cassado". "Havia uma deputada federal que ficou com raiva de mim por ter noticiado que uma amiga dela havia surrado a empregada com um tamanco". A madrinha da agressora ficou apenas no primeiro mandato.
Em 1992, Dalton ficou quase um ano na TV Meridional (Bandeirantes) com um programa que levava seu nome. Era apresentado às 18h. Em 1997, Dalton trabalhou no programa Bronca Policial, na TV Allamanda (SBT). "Eu precisava de um lugar ao sol e trabalhei por seis meses sem receber salário", recorda. Em janeiro de 1998, ele saiu para fazer o programa O Crime Não Compensa, na TV Candelária, como contratado de uma produtora independente. "Também trabalhei sem receber. Até hoje aguardo decisão da Justiça do Trabalho para receber o que é meu".
Dalton ainda voltou a trabalhar na TV Allamanda, em 2001, desta vez recebendo, mas saiu no ano seguinte quando a direção resolveu retransmitir apenas a programação nacional.
Em 2002, Dalton passou a fazer reportagens policiais para a TV Norte (afiliada da Rede Record). Inicialmente para o jornal Bom Dia Cidade. A TV Norte pertencia ao empresário Mário Calixto Filho que mais tarde negociou o canal com a igreja Assembléia de Deus e, pela segunda vez, Dalton ficou desempregado. Os pastores da Assembléia de Deus - como na época da compra da rádio Eldorado, alegaram que pretendiam fazer uma programação eminentemente evangélico e exigiram a rádio sem empregados. "Eu e uma dezena de profissionais ficamos sem emprego", recorda.

REDETV!

No ano de 2005, Dalton Di Franco foi contratado pela RedeTV! Rondônia – canal 17 – para participar do programa Fala Rondônia, com as reportagens policiais.
"Foi sucesso", segundo Sérgio Demomi, diretor-geral do SGC, Sistema Gurgacz de Comunicação, que logo designou um horário só para Dalton. No dia 16 de maio do mesmo ano, o mais famoso jornalista e radialista passou a comandar o Plantão de Polícia, às 13h, hoje a maior audiência do horário no Estado.
A respeito da Redetv!, Dalton recorda que disputou o lugar com pelo menos cinco profissionais de comunicaçao. Ganhou o lugar por "uma benção de Deus e a ajudinha de um colega", afirma ele.
"Certo quando assessorava o secretário de Segurança Paulo Moraes, recebi um pedido de entrevista. Eu atendi os colegas com a maior presteza. Um deles, conhecido pelo carinhoso apelido de Japão, indagou-me se tinha interesse de fazer TV. Respondi afirmativamente. Algum tempo depois, fui chamado por Japão. Ele queria alguma coisa minha (um piloto) para mostrar ao diretor da Redetv!, Sérgio Demomi. Eu entreguei a cópia de reportagens (em VHS) feitas em 2001 para a TV Allamanda. Sérgio assustou-se com a minha voz nas reportagens. Ainda bem que o Japão teve resposta convicente. O Sérgio gostou e me contratou".
No dia 21 de outubro de 2006, Dalton Di Franco passou a comandar um programa de auditório aos sábados e ao vivo. O programa, por sugestão do próprio Dalton, ganhou o nome de Sábado Total, por ter a proposta de abranger todos os segmentos artisticos e culturais. "Com moral, pedi para a jornalista Deane Araújo ser minha produtora. O Sérgio e dona Fábia Demomi, mentora do programa, aceitaram. Sorte minha". O programa estréiou com a participação do cantor Kid Vinil, ao vivo.
Em setembro de 2008, Dalton Di Franco foi convidado pelo próprio Sérgio Demomi para assumir o Departamento de Jornalismo da Redetv, sucedendo Domingues Júnior, elevado à função de superintendente. "Eu ainda relutei em aceitar o convite por ter muitos afazeres, mas lembrei que Deus nunca chama pregriçoso. Quando Moisés foi chamado para a grande missão no Egito ele não estava vagabundando nas montanhas. Ele administrava naquela ocasião uma grande fazenda. Tal como Moisés, após receber o sinal de Deus, aceitei".
Empreendedor, Dalton assumiu o desafio. Resultado: o jornalismo da Redetv melhorou. Além de jornalismo, sua função principal, Dalton Di Franco entende de gente por ser especialista em Marketing.
Como estratégia, Dalton derrubou os "muros" que separavam os profissionais dos programas jornalisticos, agregando todos no Departamento de Jornalismo. "Hoje somos todos Redetv!, como já era desejo de nosso diretor Sérgio Demomi". Com isso ele consegue administrar com sucesso os profissionais da emissora. No ano passado, já sob o comando de Dalton Di Franco, a Redetv, através de seu departamento de jornalismo, realizou, com grande sucesso, eventos como a Expovel, o arraial Flor do Maracujá, O Dia do Bem, o grande debate com os candidatos a prefeito de Porto, a cobertura das eleições, e a campanha Rondônia abraça Santa Catarina, que arrecadou no Estado donativos para os desabrigados.
"Temos hoje na Redetv! Rondônia os melhores profissionais de televisão e a melhor direção. Eu sou apenas um colaborador", costuma dizer Dalton Di Franco, reconhecendo a autoridade e a experiência de Sérgio Demomi, a quem chama de "chefe".

SÃO PAULO

Dalton Di Franco já foi correspondente da rádio Record, de São Paulo, fazendo reportagens para o jornal Fala Brasil, direto de Porto Velho, com os destaques do Estado de Rondônia. Ainda fez participações especiais no programa Cidade Alerta, da TV Gazeta, de Rio Branco (AC).
Como se vê, seu sucesso já ultrapassou as divisas de Rondônia.

FILHO DE RONDÔNIA

Dalton nasceu em 1960 quando Rondônia era Território Federal. Na época, havia apenas dois municípios: Porto Velho, daqui a Vilhena, e Guajará-Mirim, que abrangia todo o Vale do Guaporé. Como Ariquemes era distrito de Porto Velho, Dalton é portovelhense. Integrante de uma família de nove irmãos, Dalton é o mais velho. Seu pai, o falecido Rômulo de Melo, hoje é nome de rua no bairro Tancredo Neves. Ele faleceu no dia 9 de agosto de 1988, aos 82 anos de idade. Sua mãe é dona Nazaré Araújo. Dalton é pai de Paula Andréia, Vanessa, Pamela, Rômulo Di Franco e Giovanna. É casado com a professora Maria Gracineide Rodrigues Costa, formada em História e pós-graduada em Gestão Escolar pela Unir.

MARKETING

Ousado e sempre acompanhando as mudanças, Dalton ingressou na faculdade. Em agosto de 2005, ele concluiu o curso de Administração em Marketing, pela Uniron, Faculdade Interamericana de Porto Velho. Como acadêmico ele participou de vários eventos culturais. É membro fundador do DCE, Diretório Central Acadêmico, e do jornal O Acadêmico, com o colega Fernão Leme.
Na faculdade tornou-se um universitário muito conhecido por sua desenvoltura e pelas palestras que fez, enfocando a importância do Marketing nas organizações. Ele também foi coordenador do único debate já realizado por uma faculdade em Porto Velho com candidatos a prefeito de Porto Velho. O debate, com cobertura da imprensa, foi realizado no dia 15 de setembro de 2004.
Com outros colegas, fundou a Turma B, um grupo de acadêmicos que foi referência na Uniron. "Havia um grupo que se intitulava a turma A, da sala. Eu topei a provocação. Criei a Turma B. Brigamos até o último dia de aula. Depois ficamos amigos".

RÁDIO CULTURA

Em setembro de 2005, Dalton Di Franco foi convidado pelo presidente da Fundação Toledo Prado, Fernando Prado, para assumir a direção da Rádio Cultura FM de Porto Velho (107,9). A proposta era fazer uma programação eclética. Topei e fiz.
Como tinha projetos de vida a realizar, Dalton deixou o cargo em setembro de 2007 para cursar Direito, na UNIRON. Neste ano, ele faz o 3o e o 4o períodos, na turma D-29, no período vespertino. Na sala já foi convidado a ser líder da turma, mas, por duas vezes, recusou o convite.

PROFESSOR
Em dezembro de 2005, Dalton concluiu o curso de pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior pela UNINTES, para se tornar professor. "Eu jamais pensei em ser professor, muito menos em faculdade. Mas durante a minha primeira graduação recebi incentivos de meus professores. Um deles, Aparecido Scavassa, dizia que eu seria um bom professor. Topei o desafio e leciono a mesma disciplina dele: MAR-KE-TING!, desde Primeiro de agosto de 2006, conforme atesta minha Carteira de trabalho.
Dalton leciona hoje disciplinas na área de Marketing em diversos cursos na UNIRON como o de Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade e Propaganda), GEMP, RH e Administração, entre outros. Ele domina bem Fundamentos de Marketing, Administração Mercadológica I e II, Marketing de Relacionamento, Pesquisa de Marjeting, Marketing de Varejo e Serviço e Administração de Materiais e Logística.
Dalton pretende fazer mestrado em administração e marketing e criar sua própria empresa de consultoria de Comunicação e Marketing, a GANOA, um sonho forjado ainda nas aulas de marketing.

DIREITO

Cursar Direito era um sonho de meu falecido pai, diz Dalton. "Ele dizia para minha mãe que ainda ia me ver doutor. A morte o tirou de nós em agosto de 1988, mas o sonho continua. Eu, com a Graça de Deus, vou concluir meu curso de Direito e fazer Justiça. O sonho de meu pai será realizado".
Em sua família Dalton Di Franco tem alguns casos de injustiça. Um irmão seu, por parte de pai, foi morto em Ariquemes, anos atrás. O criminoso nunca foi preso. Em 2007, uma irmã sua morreu em Porto Velho por consequência de erro de um exame feito em um posto de saúde de bairro. "Atestaram um tipo de malária e deram o remédio errado. Dias depois minha irmã morreu, deixando cinco filhos órfãos. Meu cunhado até hoje é um homem frustrado por conta dessa perda", afirma Dalton.
"Como eu, há muitas pessoas sendo injustiçadas. Eu quero lutar contra essas coisas", promete.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

DALTON DI FRANCO É HOMENAGEADO POR FORMANDOS DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIRON


O jornalista Dalton Di Franco foi homenageado na noite de terça-feira pelos formandos do curso de Administração, da UNIRON, durante a aula da saudade. Dalton Di Franco foi professor da turma, por um ano, tendo construído um ótimo relacionamento com os acadêmicos.

“O professor Dalton Di Franco marcou nossa vida acadêmica com sua experiência profissional e o seu jeito de motivar a turma”, disse o acadêmico Sérgio. “Um dia eu estava chorando quando o professor parou e, preocupado comigo, passou a me falar palavras bonitas. Ganhei forças”, acrescentou a acadêmica Rose.

O acadêmico Ronaldo também teceu elogios a todos os professores do curso de Administração da UNIRON, citando Dalton e Ramiro, que estivem presentes na aula da saudade. “Os demais colegas não puderam estar com a turma, por estarem trabalhando”, explicou Dalton.

Dalton Di Franco agradeceu a homenagem e pediu aos acadêmicos, que após o baile da formatura, nesta sexta-feira, não se dispersem. “Mantenham-se conectados pelo celular, pela internet, pela amizade. Não se percam de vista”, conclamou.

Dalton Di Franco pediu ainda aos acadêmicos que não abandonem o projeto Administrador Solidário. “Prossigam realizando esse projeto, como uma responsabilidade social de vocês”, finalizou.
Fonte: www.oprincipalonline.blogspot.com

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Dalton Di Franco é exemplo de visão moderna de carreira profissional


A ideia do planejamento de carreira de longo prazo está superado. Em seu lugar, entrou um visão de ciclos de carreira curtos, que acabam cedo, mas projetam o profissional para o próximo ciclo. Não dá mais para pensar a carreira como uma só. Essa é a realidade do mercado atual, segundo o administrador de empresas Dalton Di Franco, que ao longo de 40 anos, tem atuado em diversas profissões e está se preparando para nova carreira: a de operador do Direito.

Dalton é radialista, jornalista, publicitário, consultor e conferencista de Marketing. Graduado em Administração e especialista em Medotologia do Ensino Superior está concluindo a graduação em Direito, com grande tendência de atuar na área criminal. Ele já pensa em fazer pelo menos duas pós, já nos próximos meses. “Sei que hoje antiguidade não é posto. Os profissionais não vendem mais para as empresas só o seu trabalho, mas seu portfólio de competências”, disse citando seu colega professor Antônio Del Maestro, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Segundo Dalton Di Franco que leciona disciplinas de Marketing na UNIRON, há quatro anos, por trás da transformação que ocorre hoje no mercado, há fatores como a evolução da tecnologia da informação, o enxugamento das empresas e a terceirização, que deixaram na mão do profissional a responsabilidade pela sua qualificação. “Quem não estuda perde para os jovens que estão chegando ao mercado de trabalho com garra total.

Se tivesse permanecido no primeiro emprego – varrendo redação de jornal quando tinha 10 anos – Dalton não teria subsistido às mudanças. Ao longo de 40 anos ele já foi vendedor de jornal, vendedor de banana, engraxate, lavador de carro, entre funções até que em 1978 ingressou de vez na comunicação, atuando em rádio, jornal impresso, televisão, publicidade e assessoria de imprensa. Tendo exercido ainda nesse período dois mandados eletivos: de vereador, em 1988, e deputado estadual, em 1990. Sucesso demais da conta para quem nasceu no Seringal Recreio, na região de Ariquemes, filho de uma família humilde.

Percebendo as necessidades de adquirir novos conhecimentos, Dalton Di Franco ingressou na faculdade. Fez Administração de Empresas com especialização em Marketing. Na sequencia fez pós-graduação e iniciou suas atividades na docência, lecionando aulas de Marketing, na UNIRON.

Há três anos, iniciou nova graduação: Direito. “Não posso ficar de braços cruzados. O mundo está girando velozmente em conseqüência das novas tecnologias, a dinâmica acelerada do mercado e a guerra pelos talentos, ocasionando grandes transformações. Preciso aproveitar as novas oportunidades de trabalho que estão surgindo”. Aposentar é assunto que ele não fala ainda. “Estou em plenas condições de trabalho”, diz o apresentador do programa de maior audiência da TV em Rondônia, o Plantão de Polícia, apresentado diariamente pela Redetv! Rondônia. Aliás, o sucesso é produto da reinvenção que Dalton busca todos os dias. “Prefiro ser copiado a ficar parado, caquético. Estou de olho no futuro”, conclui.

Uma observação: Dalton Di Franco, o criador de programas policiais no rádio e na TV em Rondônia, é hoje imitado descaradamente. Como diz o adágio popular: sempre imitado, mas nunca igualado.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

CONHECENDO DALTON DI FRANCO, UM VENCEDOR


No ano passado (2008), Dalton Di Franco completou 30 anos de atividades na imprensa rondoniense. Tudo começou quando ele foi apresentado, em 1978, ao então diretor da extinta rádio Eldorado do Brasil, o baiano Ivan Gonzaga. A rádio pertencia ao empresário e ex-senador Mário Calixto Filho. Desde então Dalton não parou mais. Ousado, corajoso e versátil, ele tem atuado no rádio, televisão e jornal impresso.
Bacharel em Administração com especialização em Marketing, pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior, consultor de comunicação e marketing, professor universitário, Dalton Di Franco construiu sua carreira de sucesso na comunicação no Estado de Rondônia por seu trabalho combativo, contundente, polêmico, mas acima de tudo profissional. Com esse cacife ele conseguiu se eleger para dois cargos políticos em Rondônia: vereador, em 1988, por Porto Velho (o segundo vereador mais votado da Câmara Municipal), e deputado estadual, em 1990, sendo o sexto deputado mais votado da Assembléia Legislativa. Mas ele não parou no tempo. Agora está cursando Direito, na UNIRON.

ELE VEIO DO INTERIOR

Dalton nasceu no Seringal Recreio, na antiga Vila de Ariquemes (hoje importante município de Rondônia), no dia 2 de dezembro de 1960. Ele começou a trabalhar na imprensa aos 10 anos de idade.
Antes de morar na Capital, os pais de Dalton ficaram um bom tempo morando e trabalhando na Mineração Jacundá, na área do hoje município de Itapuã do Oeste, a 106 km de Porto Velho. Ali Dalton viveu sua infância, sonhando um dia vencer na vida para ajudar o pai, seu Rômulo, que era torneiro-mecânico, e a mãe, dona Nazaré, uma dona de casa.
Certo dia seu Rômulo, um matogrossense de Corumbá de opinião, desentendeu-se com o chefe da oficina e pediu as contas. A direção da empresa ainda tentou impedir sua saída, mas ele já havia dado a palavra. "Palavra de homem é uma só", costumava afirmar. Com isso a família transferiu-se para Porto Velho, morando numa área onde hoje está instalado o Colégio Rio Branco, no bairro Nossa Senhora das Graças. Foi nessa época que Dalton Di Franco fez bico vendendo banana na rua, lavando carro e engraxando sapatos nas praças Jonathas Pedrosa e Marechal Rondon, no centro da Capital. Ele ainda vendeu saco (que ele mesmo confeccionava) no mercado municipal e empurrou a cadeira-de-roda de um deficiente físico para ganhar um dinheirinho. O deficiente morava na rua Salgado Filho, entre as ruas Carlos Gomes e Duque de Caxias. Experto, Dalton ficava na frente de escolas como Murilo Braga e John Kennedy Dalton vendendo picolé sempre no horário do meio-dia. "Eu faturava especialmente nos dias de sol forte", recorda.
Mas ele não encontrou só flores no caminho. Certa ocasião um rapaz que morava na frente da escola John Kennedy chupou vários picolés, não pagou a conta, quebrou a caixa de isopor de Dalton e ainda lhe bateu no rosto com um soco violento. "Aquele episódio marcou minha vida", diz ele que voltou para casa sem nada e chorando. É um fato que o mais famoso profissional de comunicação de Rondônia não esquece. O tapa serviu-lhe de lição: perdoar o ofensor.
Alguns anos depois, já famoso, Dalton Di Franco reencontrou-se com agressor. Ele estava embriagado e todo maltrapilho. “Olhei para ele e reconheci que estava em situação bem melhor e que não valia apenas dar o troco. Dei-lhe o perdão embora aquele homem não soubesse que o simples picolezeiro que ele havia fez mal era eu”, recorda. Pouco depois quando estudava na Escola Carlos Costa, Dalton conseguiu um emprego. Era para varrer a redação do extinto O Combate, do falecido jornalista Inácio Mendes, cuja redação funcionava na rua Duque de Caxias, próximo à igreja de São Cristóvão. Ele topou o serviço. Seu salário eram dez jornais por semana. "Quando eu conseguia vender os dez exemplares era uma maravilha", recorda. No ano de 1972, Dalton conseguiu o seu primeiro emprego de carteira assinada, com salário fixo, no Posto de Molas Paraibana. Seu cargo: oficce-boy. Ele recorda que o dono, o empresário José Gonçalves, não o tinha apenas como empregado, mas como um filho. "Em um ano de trabalho, fui promovido a auxiliar de escritório e depois a caixa", relembra citando o nome de seu colega Daniel Nascimento, hoje pastor da Igreja Assembléia de Deus, que na época era o maior incentivador de sua carreira. “Ele me ensinou a escrever na máquina de datilografia”, brinca.

RÁDIO

No ano de 1978, Dalton ingressou com afinco na imprensa. Ele foi apresentado a Ivan Gonzaga pelo radialista Zinaldo Fernandes. Na época Zinaldo lecionava no Colégio Rio Branco e Dalton era seu aluno. Hoje Zinaldo é inspetor aposentado da Polícia Rodoviária Federal. "A rádio Eldorado estava funcionando em fase experimental e o Zinaldo era locutor-noticiarista", recorda Dalton. "Eu tinha vontade de trabalhar em rádio e perguntei a ele o que era necessário para ser radialista. Zinaldo respondeu-me que era preciso apenas boa leitura". Depois de ser apresentado a Ivan, Dalton recorda que levou um chá-de-cadeira de várias semanas. "O Ivan só faltava pisar no meu pé, mas fazia que não me via sentado na ante-sala de seu gabinete, na rádio". Certo dia ele o atacou de surpresa. "Vá a delegacia e faça uma reportagem por telefone", ordenou Ivan. O prédio do 1º DP, no Cai-N´água, foi a delegacia escolhida. Depois de conversar com o comissário de nome Raimundo - até convencê-lo de que era “repórter” - Dalton ligou para a rádio e fez a reportagem. "Eu tremia mais do que vara verde no meio do temporal", diz recordando a experiência com o microfone. Aprovado com restrição – tem que melhorar, e muito, segundo Ivan Gonzaga - Dalton começou a trabalhar na rádio. Inicialmente como repórter de pista nas transmissões esportivas. Na época, usava o nome artístico de Rômulo Araújo. Ele atuava ao lado de profissionais como Bosco Gouveia, Ivan Gonzaga, Carlos Terceiro, Nonato Neves, Herculano Brito, entre outros. Além da área esportiva, Dalton fazia reportagens de polícia para o Grande Jornal Eldorado, apresentado por Waldemar Camata, recém-chegado do Paraná, e Silva Queiroz. Camata usava na época o nome artístico de Ingo Salvatorre.
DOENÇA

Por volta de 1979, Dalton estava super-atarefado. Ele tinha que se desdobrar em três para dar conta do recado: estudo, do trabalho na rádio e das funções de sub-gerente de crédito e cobrança de uma loja de móveis, a Servilar, na Carlos Gomes, onde hoje está estabelecida a Utilar. Com tantas ocupações e sem tempo para descansar, Dalton sofreu um derrame. Ficou seis dias em coma no extinto Hospital Orlando Marques, que funcionava numa área que fica em frente à hoje Policlínica da PM. Transferido de avião para Manaus, ficou mais onze dias inconsciente, no Hospital Beneficência Portuguesa. Dalton recorda que todo o tratamento foi custeado pela empresa de móveis, que tinha como diretor administrativo o petista Odair Cordeiro, hoje chefe de gabinete da Prefeitura de Porto Velho. "Eu considero muito o Odair. Ele fez muito por mim e por meus pais", afirma. É dessa época o episódio que Dalton não viu, por estar em coma, mas que ele soube por relato de terceiros, e não esquece. "Eu estava dentro da ambulância que me levava para o aeroporto. Na esquina da rua Campos Sales com a avenida Carlos Gomes, um táxi bateu a ambulância. Só eu, minha mãe e meu acompanhante, o colega Paulo Vieira, escapamos. O motorista e os enfermeiros voltaram para o hospital, ensangüentados, alguns com ferimentos graves". Seguindo para o aeroporto na carroceria de uma caminhonete, Dalton foi embarcado no avião. No mesmo vôo havia um soldado do Exército, com o mesmo problema, porém menos grave que Dalton. Na chegada à Beneficência Portuguesa, o militar morreu. Dalton sobreviveu. Depois de um mês de tratamento em Manaus, Dalton recebeu alta. "Os médicos recomendaram aos meus país, por telefone, que tivessem cuidado comigo, pois eu não sobreviveria ao próximo ataque da doença”. Era a morte anunciada.
SONHO
Certa noite, ainda no hospital, Dalton teve um sonho. "Eu me via em um local alto e rodeado de muitas pessoas quando de repente uma voz vinda do céu falou comigo: Eu tirei e ti devolvi a vida. Agora tu serás minha testemunha de que eu tenho poder". Essa voz, segundo Dalton, era de Deus mesmo. Poucos dias depois ele recebeu alta. Funcionários do hospital que presenciaram sua chegada ficaram abismados com sua melhora. "Estar saindo do hospital com vida era mesmo um milagre de Deus", comemora hoje Dalton. Voltando a Porto Velho, Dalton ficou recebendo pelo INAMPS, hoje INSS, por vários meses. "Por causa disso, meus inimigos políticos chegaram a divulgar que era aposentado como doído. "Eu cheguei a procurar o órgão previdenciário quando vi, reservadamente, vários ofícios solicitando informações sobre a tal aposentadoria. Para resguardar meu nome, pedi uma certidão que atesta que jamais fui aposentado, apesar de hoje já ter esse direito, mas por tempo de serviço (tenho 36 anos de carteira assinada), uma vez que comecei a trabalhar quando ainda era adolescente".
MUDANÇA
Na volta de Manaus, Dalton ficou desgostoso com o diretor da rádio Eldorado, de nome Paulo Martins, que não lhe deu nenhuma assistência durante a doença. "Meu pai até esteve no escritório da rádio quando presenciou uma conversa de Paulo Martins com a secretária Regina: Esse cara ainda não morreu, disse ele, para em seguida recusar um vale que era para comprar meus remédios. Meu pai então levantou e saiu. Por causa disso, Dalton pediu demissão da Eldorado.
Informado, o dono da empresa, Mário Calixto, ainda insistiu para que permanecesse afastado o que tempo que fosse necessário, mas Dalton preferiu sair sem contar o motivo, só revelado agora. Por coincidência do destino, Dalton voltou a se encontrar com Ivan Gonzaga, anos depois. Naquela época, Gonzaga dirigia a rádio Caiari. "Eu não aguento mais ficar em casa sem fazer nada. Quero trabalhar", implorou a Ivan. Foi a partir de então que passou de Rômulo Araújo para Dalton Di Franco. "O Ivan disse que me daria o emprego, mas que teria de usar um nome artístico. Ele não queria ter problemas pelo fato de eu estar recebendo pelo INAMPS”.

NOMES

Depois de escolher três nomes - Paulo Ronaldo, Ricardo Franco e Dalton Di Franco - passou a fazer uma rigorosa pesquisa e acabou descobrindo que o primeiro nome era de um radialista em Belém e que Ricardo Franco era um dos desbravadores de Rondônia e que hoje é denominação de uma localidade no Estado.
Por eliminação, ficou com o pseudônimo de Dalton Di Franco, hoje incorporado à sua identidade. “Meu nome parece o de D. Pedro, longo demais: Enéas Rômulo Dalton Di Franco de Araújo. Meu pai, se tivesse vivo, teria estranhado eu ter mudado o nome que ele me deu”, brinca.
ESTADO
Com a nomeação do coronel Jorge Teixeira de Oliveira para governar o Território Federal de Rondônia, as coisas começaram a mudar em Porto Velho. A rádio Caiari, por exemplo, foi arrendada por um grupo de Manaus. A primeira providência da nova direção foi despedir os funcionários antigos. "Eu era o único que não tinha carteira assinada e fiquei com o coração prestes a sair pela boca, já que era candidato natural a ficar desempregado", relembra. "Milagrosamente fui o único que permaneci. Era outro milagre de Deus, depois de sobreviver ao derrame e ao acidente". O diretor da rádio naquela ocasião era João Dario, conforme testemunha José Lacerda, que chegou a secretário de Estado e hoje é diretor do jornal O ESTADÃO. O saudoso Luiz Rivóiro sucedeu João Dario na direção da rádio Caiari. Ele gostou daquele rapaz franzino, como Dalton era naquela época. "Ele me perguntou o que eu gostaria de fazer dentro da nova programação da rádio. Não perdi tempo. Pedi um horário para fazer um programa policial". Rivóiro aceitou o pedido e autorizou Dalton a elaborar o piloto do programa. "Piloto? Eu nem sabia o que era isso. Para mim era o profissional que pilotava avião. Apesar de acanhado, perguntei aos meus colegas o que era piloto. Um respondeu que era como se fosse o programa número, aquele que é feito para apresentaçao. Hoje os especialistas em comunicação chamam de Demo (demonstração)". Ali, em 1981, nascia um dos programas de maior audiência de Rondônia: O Crime Não Compensa, precursor dos programas policiais no Estado. O programa, como Dalton Di Franco recorda, abordava os fatos policiais de uma maneira que ninguém em Rondônia havia feito antes. Ele usava falsete de voz, parecendo um pato rouco. "Entrei na onda de sucesso dos radialistas contratados em São Paulo como Júlio Júnior, Volney Alonso, Vanderley Mariano, Oneide Aparecida e o próprio Luiz Rivóiro". "Na primeira vez que usei falsete de voz, o sonoplasta de meu programa criou o maior caso comigo. Chamou-me de doído, parou a produção e ficou discutindo aos berros. Chamei o Rivóiro. Ele ouviu a gravação, gostou e ordenou que a produção prosseguisse. "Isso vai ser o maior sucesso", disse eufórico. De fato, aquilo era inédito em Rondônia. O próprio Luiz Rivóiro gravou as vinhetas do programa, com seu vozeirão. "Agora pela rádio Caiari, alerta geral...rádio ligados", era assim que o programa começava. Além do programa O Crime Não Compensa, apresentado de segunda a sexta-feira, às 13h30, Dalton fazia reportagens policiais para o Jornal de Integração, transmitido para todo o Estado, às 7h da manhã, em cadeia com outras emissoras.
ADOTADO
Dalton afirma que foi um filho adotado por Rivóiro. "Ele sempre segurava as brigas que eu arranjava com o programa". Também era seu maior incentivador profissional. "A gente passava horas conversando. Ele me dava broncas e muitas dicas. Entre outras coisas, aconselhava-me para que melhorasse a cada dia pois tinha um potencial muito grande". Em 1984, já conhecido como profissional de comunicação, Dalton Di Franco recebeu o convite para retornar à rádio Eldorado. Lourival Neves, já falecido, um radialista que tinha vindo do Paraná para dirigir a emissora de Mário Calixto, o chamou com uma proposta tentadora: um salário que era três vezes maior ao que Dalton recebia na Caiari. "Como um bom filho fui falar com o Rivóiro. Ele me disse que não tinha como cobrir a proposta e consentiu com a minha saída, prometendo um dia me buscar. Dia 2 de abril de 1984 Dalton voltou aos microfones da rádio Eldorado, não mais como Rômulo Araújo, mas como Dalton Di Franco, um sucesso de público e de comerciais. Inicialmente o programa ia ao ar com um hora de duração, a partir das 13h. Com o passar do tempo, Dalton assumiu o horário das 12 às 14h. Para dar conta do serviço, montou uma grande equipe de repórteres e aperfeiçoou a estrutura do programa. Era preciso conteúdo para liderar a audiência. O programa, cujo slogan era "A Voz do Povo contra o Crime", abordava tudo: notícias policiais, informações sobre hospitais, estradas, pronto socorro, banco de sangue, aeroporto e, naturalmente, as queixas e as reclamações do povo. "Eu não ficava só nos casos de Polícia. Atacava também os problemas cruciais que afligiam a sociedade", recorda Dalton. Ele fazia campanhas beneficentes para ajudar os necessitados.
Durante oito anos, Dalton realizou o Natal das Crianças, no Orfanato Belisário Pena, e a festa do Dia das Mães, na Comunidade Jaime Aben-Athar.
Investigativo, Dalton ajudou a Polícia a esclarecer diversos crimes, alguns deles de repercussão, sendo apontado pela sociedade como um profissional de credibilidade.
EQUIPE
A equipe de repórteres do Programa Dalton Di Franco era numerosa. Era formada por Águia Azul (hoje conhecido advogado), Ataíde Santos, Carlos Terceiro, Jota Cabral (pseudonimo do hoje juiz de Direito no Acre Cloves Augusto), Nonato Cruz, Chico Lins, Áureo Ribeiro, Edvaldo Souza, Sônia de Paula, Égino Gomes, Roberto Souza, Jorge Santos, Augusto José e Ildefonso Valentin Rodrigues (o homem do caminhoneiro Adamastor), entre outros. O programa contava ainda com a assistência jurídica de advogados de renome como Gilberto Cavalcante, Marcos Soares (falecido em dezembro de 2007) e Lindolfo Santana Júnior, hoje atuando em Guapiaçu (SP). Dalton ficou no ar com o programa até 22 de Dezembro de 1994. Ele diz que só deixou os microfones da rádio Eldorado porque a emissora foi vendida para a igreja Assembléia de Deus. "Como a proposta dos pastores era fazer uma programação eminentemente evangélica, eu e outros colegas fomos colocados em disponibilidade. Até pouco tempo eu era registrado como empregado da Eldorado". Com muito talento, persistência e dedicação, Dalton Di Franco tornou-se um fenômeno de audiência no rádio rondoniense. Até agora nenhum radialista no Estado conseguiu superar sua marca. Ele ficou 15 anos ininterruptos no ar com o programa. Além disso, é o primeiro repórter policial do rádio em Rondônia. Depois dele vieram os outros.
POLÍTICA
Em 1986, Dalton já era tido como um forte candidato a deputado estadual, prefeito e vereador, conforme as pesquisas eleitorais, mas preferiu ficar de fora do pleito. Apoiou o advogado e jornalista Maurício Calixto.
Em 1988, atendendo a apelos de seus ouvintes, Dalton Di Franco decidiu disputar uma cadeira da Câmara Municipal de Porto Velho. Foi eleito pelo extinto PMB, Partido Municipalista Brasileiro, com 1.043 votos, a segunda maior votação da Capital.
Em 1990, Dalton saiu candidato a deputado estadual, pelo PTB de Olavo Pires. Foi o quarto deputado mais votado – o triplo da votação de vereador - do partido e o sexto deputado do Estado. Foi por causa da política que Dalton Di Franco deixou de ser pseudônimo. Em 1991, o advogado Lindolfo Santana Júnior pediu a averbação do nome à Justiça. Autorizada pelo juiz Gabriel Marques, a identidade do jornalista passou a ser Enéas Rômulo Dalton Di Franco de Araújo. "Um nome e tanto", brinca o dono.
JORNAL
Na imprensa escrita, Dalton começou a escrever na extinta A Tribuna, também 1978. Ele recorda que levava as informações para o jornalista Jorcenês Martinez fazer a redação. “Eu era um foca (aprendiz). A Tribuna naquela época tinha em seus quadros jornalistas como Lúcio Albuquerque, Montezuma Cruz, Paulo Caldas, entre outros. Depois Dalton transferiu-se para o extinto O Guaporé. Ali, foi um dos muitos jornalistas que o "Homem do Chapéu" (Múcio Athayde) não pagou o salário. "Levamos uma chapéu dele", ironiza. Ainda pelas mãos de Luiz Rivóiro, Dalton foi levado de volta à A Tribuna que tinha outros profissionais de nome: Luiz Roberto, Cleuber Pereira, Sérgio Valente e muitos outros.
Depois, Dalton foi contratado pelo Alto Madeira, onde trabalhou com Paulo Correa, Ciro Pinheiro e outros. Ele trabalhou ainda no jornal O Estadão de Rondônia, retornando à Tribuna, ficando até seu fechamento, em 1988. Eleito vereador em 1988 e deputado estadual, em 1990, Dalton ficou afastado da redação de jornal. Voltou no dia 1º de março de 1995, contratado como editor de polícia do Alto Madeira. Paralelamente, foi correspondente da rádio Alvorada, de Ji-Paraná, e do programa Chamada Geral, do radialista Ricardo Vilhegas, de Guajará-Mirim. Em 1998, Dalton transferiu-se para O Estadão do Norte, a convite do empresário Mário Calixto. Nesse período assumiu como assessor de imprensa da extinta Superintendência de Justiça Defesa e Cidadania (SUJUDECI), no governo Waldir Raupp, e depois como assessor de comunicação social da Secretaria da Segurança, na época de Valderedo Paiva. Deslocado para a Polícia Civil, ficou no cargo todo o mandato do governador José de Abreu Bianco. Voltou a assessorar a Secretaria da Segurança, Defesa e Cidadania, a 1º de janeiro de 2003, quando o deputado Paulo Moraes assumiu a pasta, no governo Ivo Cassol. Dalton ficou no cargo durante o primeiro mandado, mas ao final da eleição em 2006, por questões políticas, foi exonerado. Por justiça foi reconduzido em 2008, a pedido do secretário Evilásio Sena. Além da Secretaria da Segurança, Dalton foi assessor de comunicação social da Uniron, Faculdade Interamericana de Porto Velho, durante três anos, e fez free-lancer para diversos órgãos de imprensa do Estado e do Brasil. Uma de suas reportagens, assinada em conjunto com Ildefonso Valetin Rodrigues, para a revista Momento, foi inscrita no Prêmio Esso de Jornalismo, concorrendo com nomes de peso do jornalismo brasileiro. No dia 4 de outubro de 2005, Dalton deixou O ESTADÃO DO NORTE e ingressou no DIÁRIO DA AMAZÔNIA como editor de Polícia a convite da família Gurgaz.
TELEVISÃO
Dalton iniciou suas atividades na televisão na extinta TV Nacional, em 1984. Naquela ocasião ele foi apresentado ao diretor da emissora, o publicitário Toca, pelo radialista e jornalista Sérgio Melo. O Programa O Crime não Compensa ia ao ar diariamente às 18h30, ao vivo, pela TV Nacional, que funcionava no canal 6. O programa foi um sucesso durante quatro meses. Com a saída de Toca e a entrada de novo diretor, Dalton diz que foi "cassado". "Havia uma deputada federal que ficou com raiva de mim por ter noticiado que uma amiga dela havia surrado a empregada com um tamanco". A madrinha da agressora ficou apenas no primeiro mandato.
Em 1992, Dalton ficou quase um ano na TV Meridional (Bandeirantes) com um programa que levava seu nome. Era apresentado às 18h. Em 1997, Dalton trabalhou no programa Bronca Policial, na TV Allamanda (SBT). "Eu precisava de um lugar ao sol e trabalhei por seis meses sem receber salário", recorda. Em janeiro de 1998, ele saiu para fazer o programa O Crime Não Compensa, na TV Candelária, como contratado de uma produtora independente. "Também trabalhei sem receber. Até hoje aguardo decisão da Justiça do Trabalho para receber o que é meu".
Dalton ainda voltou a trabalhar na TV Allamanda, em 2001, desta vez recebendo, mas saiu no ano seguinte quando a direção resolveu retransmitir apenas a programação nacional.
Em 2002, Dalton passou a fazer reportagens policiais para a TV Norte (afiliada da Rede Record). Inicialmente para o jornal Bom Dia Cidade. A TV Norte pertencia ao empresário Mário Calixto Filho que mais tarde negociou o canal com a igreja Assembléia de Deus e, pela segunda vez, Dalton ficou desempregado. Os pastores da Assembléia de Deus - como na época da compra da rádio Eldorado, alegaram que pretendiam fazer uma programação eminentemente evangélico e exigiram a rádio sem empregados. "Eu e uma dezena de profissionais ficamos sem emprego", recorda.

REDETV!

No ano de 2005, Dalton Di Franco foi contratado pela RedeTV! Rondônia – canal 17 – para participar do programa Fala Rondônia, com as reportagens policiais.
"Foi sucesso", segundo Sérgio Demomi, diretor-geral do SGC, Sistema Gurgacz de Comunicação, que logo designou um horário só para Dalton. No dia 16 de maio do mesmo ano, o mais famoso jornalista e radialista passou a comandar o Plantão de Polícia, às 13h, hoje a maior audiência do horário no Estado.
A respeito da Redetv!, Dalton recorda que disputou o lugar com pelo menos cinco profissionais de comunicaçao. Ganhou o lugar por "uma benção de Deus e a ajudinha de um colega", afirma ele.
"Certo quando assessorava o secretário de Segurança Paulo Moraes, recebi um pedido de entrevista. Eu atendi os colegas com a maior presteza. Um deles, conhecido pelo carinhoso apelido de Japão, indagou-me se tinha interesse de fazer TV. Respondi afirmativamente. Algum tempo depois, fui chamado por Japão. Ele queria alguma coisa minha (um piloto) para mostrar ao diretor da Redetv!, Sérgio Demomi. Eu entreguei a cópia de reportagens (em VHS) feitas em 2001 para a TV Allamanda. Sérgio assustou-se com a minha voz nas reportagens. Ainda bem que o Japão teve resposta convicente. O Sérgio gostou e me contratou".
No dia 21 de outubro de 2006, Dalton Di Franco passou a comandar um programa de auditório aos sábados e ao vivo. O programa, por sugestão do próprio Dalton, ganhou o nome de Sábado Total, por ter a proposta de abranger todos os segmentos artisticos e culturais. "Com moral, pedi para a jornalista Deane Araújo ser minha produtora. O Sérgio e dona Fábia Demomi, mentora do programa, aceitaram. Sorte minha". O programa estréiou com a participação do cantor Kid Vinil, ao vivo.
Em setembro de 2008, Dalton Di Franco foi convidado pelo próprio Sérgio Demomi para assumir o Departamento de Jornalismo da Redetv, sucedendo Domingues Júnior, elevado à função de superintendente. "Eu ainda relutei em aceitar o convite por ter muitos afazeres, mas lembrei que Deus nunca chama pregriçoso. Quando Moisés foi chamado para a grande missão no Egito ele não estava vagabundando nas montanhas. Ele administrava naquela ocasião uma grande fazenda. Tal como Moisés, após receber o sinal de Deus, aceitei".
Empreendedor, Dalton assumiu o desafio. Resultado: o jornalismo da Redetv melhorou. Além de jornalismo, sua função principal, Dalton Di Franco entende de gente por ser especialista em Marketing.
Como estratégia, Dalton derrubou os "muros" que separavam os profissionais dos programas jornalisticos, agregando todos no Departamento de Jornalismo. "Hoje somos todos Redetv!, como já era desejo de nosso diretor Sérgio Demomi". Com isso ele consegue administrar com sucesso os profissionais da emissora. No ano passado, já sob o comando de Dalton Di Franco, a Redetv, através de seu departamento de jornalismo, realizou, com grande sucesso, eventos como a Expovel, o arraial Flor do Maracujá, O Dia do Bem, o grande debate com os candidatos a prefeito de Porto, a cobertura das eleições, e a campanha Rondônia abraça Santa Catarina, que arrecadou no Estado donativos para os desabrigados.
"Temos hoje na Redetv! Rondônia os melhores profissionais de televisão e a melhor direção. Eu sou apenas um colaborador", costuma dizer Dalton Di Franco, reconhecendo a autoridade e a experiência de Sérgio Demomi, a quem chama de "chefe".
SÃO PAULO
Dalton Di Franco já foi correspondente da rádio Record, de São Paulo, fazendo reportagens para o jornal Fala Brasil, direto de Porto Velho, com os destaques do Estado de Rondônia. Ainda fez participações especiais no programa Cidade Alerta, da TV Gazeta, de Rio Branco (AC).
Como se vê, seu sucesso já ultrapassou as divisas de Rondônia.
FILHO DE RONDÔNIA
Dalton nasceu em 1960 quando Rondônia era Território Federal. Na época, havia apenas dois municípios: Porto Velho, daqui a Vilhena, e Guajará-Mirim, que abrangia todo o Vale do Guaporé. Como Ariquemes era distrito de Porto Velho, Dalton é portovelhense. Integrante de uma família de nove irmãos, Dalton é o mais velho. Seu pai, o falecido Rômulo de Melo, hoje é nome de rua no bairro Tancredo Neves. Ele faleceu no dia 9 de agosto de 1988, aos 82 anos de idade. Sua mãe é dona Nazaré Araújo. Dalton é pai de Paula Andréia, Vanessa, Pamela, Rômulo Di Franco e Giovanna. É casado com a professora Maria Gracineide Rodrigues Costa, formada em História e pós-graduada em Gestão Escolar pela Unir.
MARKETING
Ousado e sempre acompanhando as mudanças, Dalton ingressou na faculdade. Em agosto de 2005, ele concluiu o curso de Administração em Marketing, pela Uniron, Faculdade Interamericana de Porto Velho. Como acadêmico ele participou de vários eventos culturais. É membro fundador do DCE, Diretório Central Acadêmico, e do jornal O Acadêmico, com o colega Fernão Leme.
Na faculdade tornou-se um universitário muito conhecido por sua desenvoltura e pelas palestras que fez, enfocando a importância do Marketing nas organizações. Ele também foi coordenador do único debate já realizado por uma faculdade em Porto Velho com candidatos a prefeito de Porto Velho. O debate, com cobertura da imprensa, foi realizado no dia 15 de setembro de 2004.
Com outros colegas, fundou a Turma B, um grupo de acadêmicos que foi referência na Uniron. "Havia um grupo que se intitulava a turma A, da sala. Eu topei a provocação. Criei a Turma B. Brigamos até o último dia de aula. Depois ficamos amigos".

RÁDIO CULTURA

Em setembro de 2005, Dalton Di Franco foi convidado pelo presidente da Fundação Toledo Prado, Fernando Prado, para assumir a direção da Rádio Cultura FM de Porto Velho (107,9). A proposta era fazer uma programação eclética. Topei e fiz.
Como tinha projetos de vida a realizar, Dalton deixou o cargo em setembro de 2007 para cursar Direito, na UNIRON. Neste ano, ele faz o 3o e o 4o períodos, na turma D-29, no período vespertino. Na sala já foi convidado a ser líder da turma, mas, por duas vezes, recusou o convite.

PROFESSOR
Em dezembro de 2005, Dalton concluiu o curso de pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior pela UNINTES, para se tornar professor. "Eu jamais pensei em ser professor, muito menos em faculdade. Mas durante a minha primeira graduação recebi incentivos de meus professores. Um deles, Aparecido Scavassa, dizia que eu seria um bom professor. Topei o desafio e leciono a mesma disciplina dele: MAR-KE-TING!, desde Primeiro de agosto de 2006, conforme atesta minha Carteira de trabalho.
Dalton leciona hoje disciplinas na área de Marketing em diversos cursos na UNIRON como o de Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade e Propaganda), GEMP, RH e Administração, entre outros. Ele domina bem Fundamentos de Marketing, Administração Mercadológica I e II, Marketing de Relacionamento, Pesquisa de Marjeting, Marketing de Varejo e Serviço e Administração de Materiais e Logística.
Dalton pretende fazer mestrado em administração e marketing e criar sua própria empresa de consultoria de Comunicação e Marketing, a GANOA, um sonho forjado ainda nas aulas de marketing.

DIREITO

Cursar Direito era um sonho de meu falecido pai, diz Dalton. "Ele dizia para minha mãe que ainda ia me ver doutor. A morte o tirou de nós em agosto de 1988, mas o sonho continua. Eu, com a Graça de Deus, vou concluir meu curso de Direito e fazer Justiça. O sonho de meu pai será realizado".
Em sua família Dalton Di Franco tem alguns casos de injustiça. Um irmão seu, por parte de pai, foi morto em Ariquemes, anos atrás. O criminoso nunca foi preso. Em 2007, uma irmã sua morreu em Porto Velho por consequência de erro de um exame feito em um posto de saúde de bairro. "Atestaram um tipo de malária e deram o remédio errado. Dias depois minha irmã morreu, deixando cinco filhos órfãos. Meu cunhado até hoje é um homem frustrado por conta dessa perda", afirma Dalton.
"Como eu, há muitas pessoas sendo injustiçadas. Eu quero lutar contra essas coisas", promete.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Dalton Di Franco é homenageado no dia do aniversário

No dia 2 passado, o jornalista Dalton Di Franco foi homenageado em seu programa Plantão de Polícia, apresentado às 12h45 pela Redetv! Rondônia (canal 17), em Porto Velho (RO). Ele comemorou mais um ano de vida e completou 30 anos de profissão como jornalista, radialista e publicitário. Dalton Di Franco foi surpreendido ao chamar uma matéria. Na tela apareceu sua filha mais velha, Paula Andréia (24), que deu inicio às homenagens. Colocado numa cadeira, ele ficou o tempo todo ouvindo seu colega Leonel Pereira, repórter do programa, anunciar as surpresas.
Das filhas Vanessa, Pámela, Giovanna e do filho Rômulo, ouviu um pouco de sua vida como pai. Através da companheira, Gracineide, da mãe, Nazaré, da irmã Xiquinha Di Franco, e de colegas e amigos como Zacarias Pena Verde, Fernando Prado, Aparecido Scavassa, Aparício Carvalho, Dr. Mauro Nazif, Lúcio Albuquerque e da madrinha Margarida, recordou como tudo começou em 1978 quando não havia internet nem telefone celular. “Parecia que eu estava vendo o filme de minha vida”, disse Dalton Di Franco ao ouvir os depoimentos.
O velho companheiro de rádio, o repórter Chico Lins, e o jornalista Lenilson Guedes, assessor de imprensa da PM, também homenagearam o colega que a tantos profissionais ajudou ao longo de 30 anos de profissão.
Dalton Di Franco, além de produtor e apresentador da Redetv Rondônia – com os programas Plantão de Polícia e Sábado Total – dirige o departamento de jornalismo da emissora. Ele é professor especialista na UNIRON, orientador de trabalhos científicos, assessor de imprensa da SESDEC, editor de Polícia do Diário da Amazônia, além de ser palestrantes na ares de marketing. Filho de Rondônia, é o mais velho de uma grande família. Quando começou sua carreira profissional como repórter da extinta rádio Eldorado, andava de bicicleta e usava um gravador grande para fazer suas entrevistas. Ele já foi vereador (1988) e deputado estadual (1990). Atualmente está cursando Direito na UNIRON. Pretende especializar-se em algumas áreas. Uma delas já está definida: Penal.

sábado, 29 de março de 2008

ACADÊMICOS DA UNIRON PREPARAM TRABALHO SOBRE PESSOA NATURAL


Os acadêmicos Frederico Arlem, Glaucia Nogueira, Kletynn Martins, Valéria John, Antoniel Tanaka e Dalton Di Franco estiveram reunidos na tarde deste sábado, na UNIRON, preparando o trabalho sobre Pessoal Natural: a aquisição da personalidade e os direitos do nascituro que será apresentado na próxima terça-feira 1, durante a aula de Direito Civil I, ministrada pela professora Mestra Carolina Garcia. Os acadêmicos pertence à turma D-29, de Direito da UNIRON. Do grupo faz parte ainda o acadêmico Marcus Santiago. Como ninguém é de ferro, os acadêmicos da Turma do Bem, possaram para uma foto para nosso blog. São os futuros operadores do Direito que a UNIRON está preparando. Palmas para eles. Quem estuda, é o melhor.

domingo, 23 de março de 2008

Carreira, temos oportunidades iguais para todos?

A quem de nós nunca foi feita esta clássica pergunta quando éramos crianças:- O que você quer ser quando crescer?
Respondíamos de acordo com a nossa realidade, ou seja, aquela profissão que achávamos mais bonita, pois não tínhamos a noção do dia-a-dia do trabalho e a questão de salário. Alguns queriam ser bombeiros para salvar vidas, outros trabalhar na mesma empresa que seu pai, algumas meninas desejavam ser bailarinas, os que gostavam de animais desejavam ser veterinários, e assim por diante. Sem falar dos milhares de garotos que desejaram ser jogador de futebol, entre outras tantas profissões.
Quando crescemos, percebemos que muitos dos nossos sonhos não fazem parte da nossa realidade atual. Tudo isto dependerá das oportunidades que tivermos no decorrer de nossas vidas e o quanto dermos valor a elas. Aliás, valor é uma coisa que está em falta na nossa sociedade nos dia de hoje.
A situação sócio econômica financeira da população brasileira trás desigualdades visíveis, sendo assim as oportunidades também são diferentes. As famílias com melhores condições financeiras podem colocar seus filhos em ótimas escolas, pagar cursos de inglês, curso de computação, ter um computador em casa e outros benefícios, que se bem aproveitados por estes jovens lhes trarão um futuro brilhante, pois apesar de terem todas estas vantagens não são todos que as aproveitam. Sendo assim, quando vemos um(a) jovem de 25 a 30 anos como um grande gestor de uma empresa de expressão, não podemos tirar dele o seu mérito, pois o mesmo soube fazer bom proveito das oportunidades que a e ele foi concedida.
Mas, também existem a realidade daqueles que são menos favorecidos e que não tiveram a oportunidade de estudar nas melhores escolas. As famílias não puderam pagar cursos complementares para que estas crianças pudessem se preparar melhor para o mercado de trabalho que hoje está cada vez mais exigente.
Vemos em revistas com foco profissional alguns destaques: como ter uma carreira de sucesso, as melhores oportunidades do mercado, sete passos para uma carreira promissora, entre outros. As barreiras para conseguir um bom emprego são grandes, onde sempre ouvimos as mesmas perguntas em uma entrevista:
A quanto tempo você trabalha na área?Possui Inglês?Quais foram as suas principais realizações?Tem curso de informática?Quais são os cursos de especialização que possui?Você mora próximo ao local que está pretendendo trabalhar?
E ai, o que acontece com estas pessoas que não tem estes pré-requisitos? A cabeça da um nó, e surgem as perguntas:
Como vou fazer estes cursos se meu dinheiro é contado?Já estou velho para estudar, do jeito que está, está bom!Só consegue quem tem QI (Quem Indicou)É muito difícil! Não vou conseguir!
Quem pensa assim está se acovardando da oportunidade de ter um futuro melhor!Para conseguirmos atingir as nossas METAS, precisamos estabelecer antes alguns passos. Sempre que inicio as aulas em uma nova turma, procuro motivá-los e mostrar que é possível chegar onde desejamos, desde que façamos isto de forma planejada, seguindo cada passo, no momento certo.
O que estarei passando aqui para vocês, se bem seguido, fará com que obtenham o sucesso profissional, pessoal que tanto desejam. Lembrem-se: nada na vida vem com facilidade, e quanto maior a conquista, maior os trabalhos a serem realizados. Vocês deverão iniciar sua caminha em busca de sua META, da seguinte forma:
1 –SONHO
Todos nós temos o direito de sonhar. Além do mais, o sonho é livre e nos transportará para um objetivo. Você poderá sonhar ter um carro do ano, ter uma bela casa própria, um bom emprego, cursar uma universidade, e outros sonhos mais. Como já diziam algumas pessoas; para sonhar não é preciso pagar nada! Quando acreditamos que um sonho é possível de ser realizado, transformamos o mesmo em OBJETIVO. Conforme Francis Bacon (1561 – 1626) “ O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las”. Sendo assim comece a transformar alguns sonhos em objetivos.
2 -OBJETIVO
Ao traçarmos um objetivo em nossas vidas, ficamos mais próximos da META e nos distanciamos do SONHO, pois, nos mobilizamos focando aquilo que tanto queremos realizar. Nesta etapa, precisamos ter bem definido o que queremos fazer, para traçarmos o caminho que nos levará á realização de nossa META.
Seguem alguns pontos importantes:
- Planejar: o planejamento nos dará a visão geral da situação que deveremos percorrer para conseguirmos atingir as nossa META.- Pesquisar: A pesquisa nos mostrará as melhores oportunidades dentro do que desejamos e podemos realizar naquele momento.- Abdicar- Durante um período de nossas vidas deveremos abdicar-nos de algumas coisas para podermos conquistar a nossa META.-Empenhar: Em tudo que fizermos na vida, precisaremos de empenho, sem empenho não chegaremos a lugar nenhum. Analise suas companhias, para que você não desista do seu objetivo por conta de algumas conversas de colegas que queiram lhe desviar do foco, pois é muito mais fácil ficarmos como estamos, do que enfrentar algumas dificuldades para conseguirmos o que desejamos.Nos momentos difíceis procure um amigo de confiança para conversar, com certeza as palavras dele lhe ajudará.Por em prática: Depois de traçarmos todos os pontos, de forma objetiva, estaremos prontos para irmos em direção a nossa META. 3 - META
Dizemos que a META é nossa realização maior. Para conseguirmos concretizá-la, precisamos de alguns ingredientes que não podem faltar:
Determinação: quando temos determinação naquilo que queremos realizar, nos tornamos mais fortes e obstinados para conclusão desta META
Dedicação : Quanto mais nos dedicarmos maior será o proveito na realização de tudo que foi planejado, para conseguirmos cumprir no tempo estipulado.
Opinião: devemos ter opinião desde do início para que as dificuldades da vida não nos faça desistir, pois uma vez que você está na direção da conquista de sua META nada mais poderá fazer com que você desista.
Depois que concretizarmos a nossa META nos sentiremos importantes e capazes de realizarmos qualquer coisa em nossas vidas. Neste momento, já não veremos em nossas vidas tantos obstáculos como víamos anteriormente em tudo que íamos fazer. De tudo que vamos realizar em nossa vida, 20% é influência do meio físico em que vivemos, mas 80% está no poder que nossas mentes tem de se concentrar no que realmente desejamos realizar.Agora, pare um pouco e pense quantas coisas você já conseguiu realizar à partir do momento que começou a acreditar que seria capaz de fazer?É que os grandes feitos nos assustam. Achamos que não somos merecedores de tal feitos. Quando você não faz, outra pessoa virá e fará no seu lugar.Conforme nosso amigo (Lair Ribeiro) “ A vida é um ECO, se você não está gostando do que esta recebendo, observe o que está emitindo”. A conclusão de uma META nos dá o poder de sentirmos que podemos chegar onde realmente acreditamos que somos capazes.E você qual a sua META? Comece a implementá-la à partir de hoje, pois mesmo que as oportunidades não sejam iguais para todos não faça disto uma desculpa, pois quando acreditamos que somos capazes de realizar o que queremos,cedo ou tarde, através do sonho transformando em objetivo veremos que os obstáculos não serão motivos para concluirmos a nossa META.

Amarildo Nogueira - Professor Universitário e palestrante Graduado em Bacharelado em Sistema de Informação e-mail : amarildo.sn@uol.com.br

Fonte: http://www.vencer.com.br/novo/artigoCompleto.php?id=143